quinta-feira, 28 de julho de 2011

Um escritor na guerra: Vasily Grossman com o exército vermelho: 1941-1945

Um escritor na guerra: Vasily Grossman com o exército vermelho: 1941-1945. Vasily Grossman. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. Editado e traduzido do russo para o inglês por Antony Beevor e Liuba Vinogradova. tradução Bruno Casotti.

Lido entre 11 e 18 de junho de 2011.

Livro fundamental para quem, como eu, gosta de história da Segunda Guerra Mundial, especialmente da União Soviética.
O escritor Vasily Grossman acompanhou o exeŕcito vermelho entre agosto de 1941 e maio de 1945 como correspondente do jornal Krasnaya Zvezda. Escreveu centenas de artigos que eram atenciosamente acompanhados tanto pelos soldados, quanto pelas autoridades. Também manteve um caderno de notas cujo conteúdo, para a sua sorte, só era conhecido pelo amigo Ilya Ehrenburg. Nesses cadernos, havia anotações que teriam custado a Grossman um lugar no gulag até o final de sua vida: a incompetência dos oficiais soviéticos; o desprezo das autoridades pela vida dos soldados; o colaboracionismo da população, especialmente dos ucranianos, com os nazistas; a inutilidade da burocracia; a crueldade dos soldados do exército vermelho quando da retomada dos territórios ocupados (e não somente contra alemães).
Esse volume foi cuidadosamente preparado pelo historiador Antony Beevor, que tomou conhecimento das anotações de Vasily Grossman quando escrevia Stalingrado, livro por mim aqui resenhado. Além das anotações, alguns artigos e algumas cartas escritas por Grossman (a maior parte para seu pai), o livro conta com uma contextualização, já que as notas são fragmentadas.
Quem lê as anotações de Grossman e não conhece Vida e Destino, terá informações interessantes sobre alguns dos principais cenários da guerra na União Soviética. Ele escreveu em seus cadernos sobre o terrível desastre que foi a invasão alemã em 1941, embora tenha suavizado isso em seus artigos. Descreveu a realidade dos soldados nas frentes de batalha, os problemas a serem administrados pelos comandantes e o terror da população civil fugindo da iminente invasão alemã.
Stalingrado é ponto alto das anotações. Grossman permaneceu na cidade durante toda a batalha e, apesar das críticas em seus cadernos, apresenta uma perspectiva totalmente patriótica: a vitória foi o resultado de uma explosão de patriotismo, nos moldes da vitória sobre o exército francês em 1812. Sua ênfase é no soldado comum. Ele critica a vaidade dos oficias que, após a vitória, se gabavam de seus feitos, ignorando o sacrifício do soldado comum e da população civil.
Especialmente tocantes são as passagens relativas à descoberta do massacre de Berdichev e do campo de extermínio de Treblinka. Berdichev era a cidade natal de Grossman e lá sua mãe, Yekatarina Savelievna, morreu em um massacre perpetrado por um dos famigerados SS Sonderkommando em setembro de 1941, quando cerca de 30 mil judeus foram assassinados a tiros em clareiras e enterrados em covas coletivas. O escritor não recebia notícias da mãe desde a época de sua morte, mas somente em janeiro de 1944 descobriu o que realmente ocorrera. Descobriu também, a colaboração dos ucranianos com os nazistas.
A partir desse momento, Grossman começou a escrever artigos denunciando o que na época não tinha nome, mas que seria conhecido como o holocausto. O assassinato de judeus em Berdichev foi um dos primeiros escritos na história sobre os massacres nazistas. Foi, como também o posterior trabalho de Grossman de denúncia dos crimes nazistas, censurado pelas autoridades soviéticas. Stálin era contra enfatizar o sofrimento de uma etnia. A propaganda oficial era de que todos os soviéticos estavam sofrendo igualmente com a invasão nazista.
Em julho de 1944, Grossman chegou ao que restava do campo de Treblinka, na Polônia. Os nazistas, percebendo a reação do exército vermelho destruíram o campo e queimaram os corpos que estavam enterrados. Grossman fez um trabalho de detetive, entrevistando os poucos sobreviventes, a população local, desenhando a estrutura e descrevendo o funcionamento do campo. Seu artigo O inferno de Treblinka foi utilizado no julgamento de Nuremberg. Lá ele constatou que quem fazia o “serviço sujo” no campo - retirava os pertences das vítimas, encaminhava as vítimas para a câmara de gás, cortava os cabelos, extraía os dentes dos cadáveres e queimava os corpos - eram ucranianos.
No final, Grossman acompanhou unidades do exército vermelho até Berlim. Não há muitas notas desse período. Mas há registros da crueldade dos soldados russos com a população civil, e não somente população alemã. Eles saqueavam seu próprio povo e, inclusive, muitos oficiais se comportavam como ladrões. E não eram somente as “Frauleins” que sofreram nas mãos dos russos. Mulheres e meninas soviéticas também eram estupradas pelos soldados que se comportavam como animais, bêbados e selvagens.
Quem lê os cadernos de Grossman e leu Vida e Destino tem outra perspectiva. Estamos diante da pesquisa de Grossman para o trabalho de sua vida. Sua atenção aos detalhes, sua preocupação com o cotidiano dos soldados, com as piadas, com as gírias, com a comida, tudo foi “laboratório” para Vida e Destino. Até os modelos de alguns personagens estão lá.
Grossman foi um excelente jornalista de guerra, talvez um dos melhores de todos os tempos. Mas seu trabalho como escritor não fica atrás.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O Contrato de Casamento (setembro-outubro de 1835)

Personagens: Paulo de Manerville, Henrique de Marsay, senhora Evangelista, Natália, senhor Mathias, senhor Solonet, Felix de Vandenesse.

A história se passa entre 1821 e 1827.

O Contrato de Casamento é mais uma história cínica e impiedosa de Balzac. Aqui ele contradiz várias outras obras, apresentando um verdadeiro libelo contra o casamento. Lembremos que Balzac objeta o casamento por amor, defendendo sempre o casamento racional: quando existe estima e um projeto comum de vida entre os cônjuges. Em O Contrato de Casamento ele ataca a instituição em si. Defende a ideia de de Marsay: casar-se sem nenhuma inclinação para obter dinheiro e liberdade.
Paulo de Mannerville, rico herdeiro de Bordéus, resolveu desposar a bela Natália Evangelista (Casa-Real), apesar das objeções de seu amigo bon vivant Henrique de Marsay. Ocorre que a mãe de Natália, a senhora Evangelista ( segundo o cínico de Marsay “comparado à senhora Evangelista, o papá Gobseck é uma flanela, um veludo, um poção calmante, um merengue com baunilha, um tio de fim de romance”), gastara todo o dinheiro do dote da moça e desejava casá-la sem nada. Cada uma das partes contratou então um tabelião para redigir o contrato de casamento. Paulo contratou mestre Mathias, um tabelião experiente de 69 anos; as Evangelista contrataram o jovem Solonet.
Ao final de um cansativo embate, o experiente Mathias conseguiu constituir um morgado a favor de Paulo. Mas nos cinco anos em que ficaram casados, Paulo gastou toda a sua fortuna com o luxo de Natália. Ao final, arruinado, embarcou em um navio para Calcutá para tentar refazer sua fortuna. Julgava a sua esposa virtuosa e por ele apaixonada. Quando já estava a bordo, recebeu carta de de Marsay que revelava que Natália era há muito amante de Félix de Vandenesse.
O subtítulo desse volume 4 da Comédia Humana é “cenas da vida privada”. Temos que ter isso em conta, uma vez que era ambição de Balzac cobrir todos os aspectos da sociedade francesa de seu tempo. A cena aqui é justamente os atos oficiais que antecedem o casamento e seu caráter de primeira batalha em uma guerra: “Esse dia foi para Paulo a primeira escaramuça dessa longa e fatigante guerra denominada casamento. É necessário, portanto, ficar as forças de cada partido, a situação dos corpos beligerantes e o terreno sobre o qual deviam manobrar.” O ponto alto, e Balzac sabia disso, tanto que o escreveu em uma carta à irmã, é o embate entre o velho e o novo notariado da França na época: “Penso ter conseguido fazer o que quis. A cena do contrato, por si só, faz compreender o que será o futuro dos dois esposos. Encontrarás aí uma cena que julgo profundamente cômica, o combate do jovem e do velho notariado. Consegui interessar o leitor pela discussão desse ato, assim como ela se verificou. Eis uma das grandes cenas da vida privada escrita". 

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Todos os fogos o fogo

Todos os fogos o fogo. Julio Cortazar. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 2007. Tradução: Gloria Rodrigues.

Lido entre 1 e 8 de junho de 2011.

Todos os fogos o fogo de Júlio Cortazar é livro texto de oficina literária. São oito contos modelares para que não esqueçamos como pode ser sublime uma narrativa curta.
Um meus preferidos, A auto-estrada do sul, transforma um engarrafamento em uma situação meio onírica, meio estado de natureza. Não sei se José Saramago pensou nesse conto ao escrever Ensaio sobre a Cegueira, mas me parece claro que existe identidade entre as duas obras.
A saúde dos doentes parte de uma situação corriqueira, a morte de um filho em um acidente e a impossibilidade de dar a notícia à mãe doente, para criar um jogo de fantasia e realidade.
Reunião, com epígrafe de Che Guevara, é totalmente realista. O narrador (Che) relata a subida de uma serra com um grupo de guerrilheiros, fugindo das forças oficiais.
Senhorita Cora, o meu preferido, é escrito do início ao fim em fluxo de consciência. Um adolescente, Pablo, está no hospital para fazer uma operação de apendicite. Seus pais o visitam e ele é atendido por uma bela e jovem enfermeira, a senhorita Cora. As vozes de Pablo, de Cora, da mãe, do pai, dos médicos, se alternam sem se confundir. Talvez esse conto seja autobiográfico, já que Cortazar foi uma criança doente e passou temporadas hospitalizado.
A ilha ao meio-dia conta a obsessão de um comissário de bordo por uma faixa de terra da Grécia que ele avista do avião, da rota que ele faz, pontualmente ao meio dia. Confesso que não gostei do desfecho.
Instruções a John Howell brinca com uma ideia que todos que já foram ao teatro tiveram: o assistente que é convidado a atuar na peça.
Todos os fogos o fogo, conto que dá título ao livro, alterna duas narrativas: um grupo em uma arena romana assiste a uma luta de gladiadores e um casal de namorados/amantes está em crise, pois uma traição foi descoberta. É incrível como o escritor faz esse esquema funcionar.
O outro céu é uma narrativa fantástica na qual o narrador circula ao mesmo tempo por Paris e Buenos Aires. Na capital portenha, mora com a mãe, tem uma noiva e trabalha na Bolsa, ao passo que em Paris, circula à noite pelas galerias, “esse mundo que escolheu um céu mais próximo”, namora a prostituta Josiane e conversa com os notívagos sobre os crimes do assassino Laurent. Assisti  ontem ao Meia Noite em Paris de Woody Allen. Há uma cena em que Gil (Owen Wilson) conversa com pintores da Paris da década de 1920 e explica que ele vive em duas dimensões: em uma está noivo e vai casar; em outra está envolvido com a amante de Pablo Picasso. Lembrei imediatamente desse conto.
Histórias assim, não há que comentar. Há que ler.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A Interdição (fevereiro de 1836)

Personagens: Horácio Bianchon, Eugênio de Rastignac, Marquesa d´Espard, Juiz João Júlio Popinot, Senhora Jeanrenaud, Clemente e Camilo (filhos do Marquês).

A história se passa em 1828.

A Interdição é, como O Coronel Chabert, mais uma dessas cruéis histórias de tribunal que Balzac trouxe de seus anos no tabelionato.
Encontramos aqui os pensionistas da casa Vauquer, Horácio Bianchon e Eugênio de Rastignac, esse já barão e aquele, médico famoso. Rastignac pediu que Horácio o ajudasse em um caso jurídico da Marquesa d´Espard, junto ao seu tio, o austero juiz João Júlio Popinot. A marquesa desejava interditar o seu esposo. Alegava que o marquês não deixava que ela visse seus dois filhos e dilapidava o patrimônio familiar sustentando uma certa família Jeanrenaud. Rastignac estava, na verdade, interessado em tornar-se amante da marquesa, mulher da moda e rica, deixando a senhora de Nuncingen, nossa conhecida Delfina Goriot.
O juiz Popinot pôs-se a investigar o caso. Descobriu que o marquês d´Espard era um pai exemplar, que se ocupava da educação e da formação do caráter dos filhos, ao passo que a marquesa os abandonou ainda crianças para dedicar-se à vida social. Quanto à família Jeanreanud, tratava-se de uma dívida de honra - eram hugeunotes de cujos bens os avós e os pais do marquês haviam se apoderado. Ele desejava reparar essa mácula.
Ao final, o juiz, estava convencido de que que não cabia a interdição do marquês. Foi então afastado do caso.
O final, sem solução, é bem típico de Balzac. “A justiça e a injustiça das ações humanas nada têm a ver com o resultado delas; não há castigo nem recompensa”.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Bom-Crioulo

Bom-Crioulo de Adolfo Caminha foi publicado em 1895. Adolfo Caminha foi oficial da Marinha e faleceu precocemente, aos 30 anos, de tuberculose. Dos três romances que deixou, Bom-Crioulo é o mais conhecido e, segundo os críticos, o melhor.
Conta a história de Amaro, um escravo fugido, que se alistou na Marinha do Brasil. Era extraordinariamente forte, simpático e capaz para o trabalho, ao ponto de receber a alcunha de “Bom-Crioulo”. Apesar de já ter trinta anos havia tido pouca experiência com mulheres e nada promissoras. Na corveta em que servia, ingressou um grumete catarinense de apenas quinze anos, louro, de olhos azuis, um efebo, nas palavras do narrador. Bom-Crioulo passou a proteger Aleixo, o grumete, fazendo-lhe favores e defendendo-o em caso de disputas. Passou a desejar fisicamente ao rapaz, e após algum tempo, tornaram-se amantes.
Bom-Crioulo, então, mudou seu comportamento. Passou a descuidar do trabalho e beber, o que o deixava descontrolado e violento. Arranjou, então, um quarto para viver com o grumete em terra, em uma pensão na rua da Misericórdia. A dona da casa era uma portuguesa de 38 anos chamada Carolina. Fora prostituta no passado e agora vivia do aluguel de quartos e da ajuda de um açougueiro, que era seu amante. Ela logo percebeu o caráter das relações entre Bom-Crioulo e o grumete.
O marinheiro foi então transferido para um couraçado, onde dispunha de poucos dias de folga, de modo que passou a se encontrar com menos frequência com o rapaz. Nesse meio tempo, a portuguesa seduziu o grumete, tornando-se sua amante. Ele, já cansado de Bom-Crioulo, passou a desprezá-lo.
Bom-Crioulo desertou do navio e envolveu-se em uma briga, sendo punido com muitas chibatadas e enviado ao hospital. Lá emagrecia e via crescer em si o despeito e o desejo pelo adolescente. Encontrou um marinheiro da corveta que lhe disse que Aleixo encontrava-se amigado com uma mulher em terra. Fugiu do hospital e na padaria, em frente à pensão de Carolina, descobriu que amante de Aleixo era a portuguesa. Ao encontrar Aleixo, matou-o com uma faca e foi recolhido à prisão.
Adolfo Caminha é classificado pelos críticos literários como naturalista. Sergius Gonzaga considera-o o segundo nome do naturalismo brasileiro, depois de Aluísio de Azevedo. As cenas são muito vivas e ricas. E as descrições das relações homossexuais entre Bom-Crioulo e Aleixo são um tanto explícitas: “Um cousa desgostava o grumete: os caprichos libertinos do outro. Porque Bom- Crioulo não se contentava em possuí-lo a qualquer hora do dia ou da noite, queria muito mais, obrigava-o a excessos, fazia dele um escravo, uma 'mulher-a-toa` propondo quanta extravagância lhe vinha à imaginação,(...) Estava satisfeita a vontade de Bom-Crioulo. Aleixo surgia-lhe agora em pleno e exuberante nudez, muito alvo, as formas roliças de calipígio ressaltando na meia sombra voluptuosa do aposento, na penumbra acariciadora daquele ignorado e impudico santuário de paixões inconfessáveis... pujante;(...) Sodoma ressurgia agora numa triste e desolada baiúca da Rua da Misericórdia (...) A brancura láctea e maciça daquela carne tenra punha-lhe frêmitos no corpo, abalando-o nervosamente de um modo estranho, excitando-o como uma bebida forte, atraindo-o, alvoroçando-lhe o coração. Nunca vira formas de homem tão bem torneadas, braços assim, quadris rijos e carnudos como aqueles... Faltavam-lhe os seios para que Aleixo fosse uma verdadeira mulher!... Que beleza de pescoço, que delícia de ombros, que desespero!... Dentro do negro rugiam desejos de touro ao pressentir a fêmea...”.
Também há ricas descrições da vida no mar, bem conhecida do escritor. Os castigos físicos brutais a que eram submetidos os marinheiros, que alguns anos depois, em 1910, deram causa à Revolta da Chibata são descritos minuciosamente: “E solto agora dos machos, triste e resignado, Herculano sentiu sobre o dorso a força brutal do primeiro golpe, enquanto uma voz cantava, sonolenta e a arrastada: Uma!... e sucessivamente: duas!... três!... vinte e cinco!
Herculano já não suportava. Torcia-se todo no bico dos pés, erguendo os braços e encolhendo as pernas, cortado de dores agudíssimas que se espalhavam por todo o corpo, até pelo rosto, como se lhe rasgassem as carnes. A cada golpe escapava-lhe um gemido surdo e trêmulo que ninguém ouvia senão ele próprio no desespero de sua dor. Toda gente assistia aquilo sem pesar, com a fria indiferença de múmias. —Corja! regougou o comandante brandindo a luva. Não se compenetram de seus deveres, não respeitam a autoridade! Hei de ensiná-los: ou racho-os.”
Encerro com a respeitável opinião do professor Sergius Gonzaga: “Somando-se à morbidez do amor homossexual de Amaro, seu ciúmes, seu tormento íntimo e seus ímpetos criminosos à descrição precisa da vida no mar, às cenas terríveis de sadismo dos oficiais da Marinha de Guerra no brasil, Bom-Crioulo deve ser considerado o romance brasileiro de atmosfera mais sufocante e opressiva do século XIX. Há nele um clima expressionista de sombras ameaçadoras e de deformação dos carácteres. Trata-se, com certeza de uma pequena obra-prima”. (GONZAGA, Sérgius. Curso de Literatura Brasileira. Porto Alegre: editora Leitura XXI, 2010, p. 215.)
O audiolivro que ouvi, da editora Luz da Cidade é narrado pelo ator Pedro Paulo Rangel. No início não gostei da dicção dele, com um sotaque carioca muito carregado. Depois, me acostumei. No final já estava gostando.