segunda-feira, 11 de julho de 2011

A Interdição (fevereiro de 1836)

Personagens: Horácio Bianchon, Eugênio de Rastignac, Marquesa d´Espard, Juiz João Júlio Popinot, Senhora Jeanrenaud, Clemente e Camilo (filhos do Marquês).

A história se passa em 1828.

A Interdição é, como O Coronel Chabert, mais uma dessas cruéis histórias de tribunal que Balzac trouxe de seus anos no tabelionato.
Encontramos aqui os pensionistas da casa Vauquer, Horácio Bianchon e Eugênio de Rastignac, esse já barão e aquele, médico famoso. Rastignac pediu que Horácio o ajudasse em um caso jurídico da Marquesa d´Espard, junto ao seu tio, o austero juiz João Júlio Popinot. A marquesa desejava interditar o seu esposo. Alegava que o marquês não deixava que ela visse seus dois filhos e dilapidava o patrimônio familiar sustentando uma certa família Jeanrenaud. Rastignac estava, na verdade, interessado em tornar-se amante da marquesa, mulher da moda e rica, deixando a senhora de Nuncingen, nossa conhecida Delfina Goriot.
O juiz Popinot pôs-se a investigar o caso. Descobriu que o marquês d´Espard era um pai exemplar, que se ocupava da educação e da formação do caráter dos filhos, ao passo que a marquesa os abandonou ainda crianças para dedicar-se à vida social. Quanto à família Jeanreanud, tratava-se de uma dívida de honra - eram hugeunotes de cujos bens os avós e os pais do marquês haviam se apoderado. Ele desejava reparar essa mácula.
Ao final, o juiz, estava convencido de que que não cabia a interdição do marquês. Foi então afastado do caso.
O final, sem solução, é bem típico de Balzac. “A justiça e a injustiça das ações humanas nada têm a ver com o resultado delas; não há castigo nem recompensa”.

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