
Novela curta de Arthur Schnizler publicada em 1918, cria, ficcionalmente, um episódio da vida do aventureiro italiano Giovanni Jacobo Casanova (1725-1798).
Aos cinquenta e três anos, Casanova, empobrecido e esquecido, resolveu retornar à sua cidade natal, Veneza, de onde fora banido vinte e cinco anos antes, por ser uma opositor político da república. De passagem por Mântua, reencontrou um velho conhecido, Olivo. Vários anos antes, Casanova ajudou Olivo a casar-se com sua amada, Amalia, dando-lhes uma soma em dinheiro. Em retribuição, Amalia passou uma noite com ele. Em Mântua, Olivo convidou Casanova a conhecer sua próspera propriedade e suas três filhas. Casanova, esperando ansioso uma resposta do Conselho Supremo de Veneza, autorizando seu retorno, declinou do convite. Mudou de ideia, todavia, quando Olivo mencionou uma sobrinha órfã que morava com ele, Marcolina. Casanova partiu com Olivo. Lá chegando, encontraram as três filhas, Maria, Nanetta e Teresina, de oito, dez e treze anos, respectivamente, e Amalia. E encontraram a jovem Marcolina, a quem Casanova decidiu conquistar.
Amalia, por sua, vez, num momento oportuno, expressou seu desejo de voltar a dormir com o sedutor. Descobrimos, então, que a mãe da senhora Olivo também fora amante de Casanova. Mas ele só queria Marcolina.
Marcolina era uma moça de inteligência ímpar que dedicava seu tempo ao estudo da matemática e da filosofia. Discutiu com Casanova uma polêmica que tinha ele com Voltaire. À noite, reuniu-se um grupo em casa de Olivo para conhecer o ilustre convidado e jogar: o marquês e a marquesa Celsi, os irmãos Ricardi, o abade Rossi e o tenente Lorenzi. Casanova logo intuiu que Marcolina e Lorenzi tinham um relacionamento.
Ao final da noite, Casanova falou a Amalia que desejava possuir sua sobrinha. Ela respondeu que Marcolina jamais se entregaria a nenhum homem, que já recusara vários pedidos de casamento. Durante a madrugada, Casanova, insone, surpreendeu Lorenzi saindo dos aposentos de Marcolina.
No dia seguinte, Casanova recebeu uma carta de Bragandino, do Conselho de Veneza. Ele propunha que Casanova retornasse e servisse de espião para o Conselho mediante uma vultosa quantia
À noite, Lorenzi, que ao que tudo indicava era amante da marquesa, perdeu uma grande quantia para o marquês no jogo e deveria pagar até a manhã seguinte. Casanova propôs um negócio a Lorenzi: ele lhe daria o dinheiro e em troca ele deixaria ele - Casanova - dormir com Marcolina em seu lugar, sem que ela percebesse. Lorenzi aceitou. Durante a madrugada, foi feito o embuste. Mas Casanova dormiu e acordou com o olhar de nojo e desprezo de uma horrorizada Marcolina. Ele fugiu, praticamente nu e encontrou Lorenzi que o desafiou para um duelo. Querendo ficar em igualdade de condições, o tenente também se despiu, revelando seu corpo jovem e perfeito. Casanova matou Lorenzi e fugiu para Veneza, aparentemente aceitando a oferta do Conselho Supremo.
O tema aqui explorado por Schnizler é a velhice e suas consequências: a perda do vigor, da beleza física, da atratividade ao sexo oposto. O Casanova de Schnizler não é absolutamente um homem repulsivo. Ele é amante de sua hospedeira em Mântua, é desejado ardentemente por Amalia e, em uma cena, ao mesmo tempo ousada e natural, deflora a filha mais velha de Olivo, Teresina, de treze anos. Mas é a juventude, a mulher jovem que ele quer e que não se encontra mais em condições de conquistar. Em dois momentos ele se olha no espelho e vê que que aquele homem, balofo e flácido, não tem como competir com Lorenzi, no auge de sua beleza e de seu vigor físico. E isso é algo inexorável, insolúvel.
O único ponto da história que não é ficcional é o fato de que Casanova foi sondado para atuar como espião pela república de Veneza. O resto é criação de Schnizler.
Ao final da noite, Casanova falou a Amalia que desejava possuir sua sobrinha. Ela respondeu que Marcolina jamais se entregaria a nenhum homem, que já recusara vários pedidos de casamento. Durante a madrugada, Casanova, insone, surpreendeu Lorenzi saindo dos aposentos de Marcolina.
No dia seguinte, Casanova recebeu uma carta de Bragandino, do Conselho de Veneza. Ele propunha que Casanova retornasse e servisse de espião para o Conselho mediante uma vultosa quantia
À noite, Lorenzi, que ao que tudo indicava era amante da marquesa, perdeu uma grande quantia para o marquês no jogo e deveria pagar até a manhã seguinte. Casanova propôs um negócio a Lorenzi: ele lhe daria o dinheiro e em troca ele deixaria ele - Casanova - dormir com Marcolina em seu lugar, sem que ela percebesse. Lorenzi aceitou. Durante a madrugada, foi feito o embuste. Mas Casanova dormiu e acordou com o olhar de nojo e desprezo de uma horrorizada Marcolina. Ele fugiu, praticamente nu e encontrou Lorenzi que o desafiou para um duelo. Querendo ficar em igualdade de condições, o tenente também se despiu, revelando seu corpo jovem e perfeito. Casanova matou Lorenzi e fugiu para Veneza, aparentemente aceitando a oferta do Conselho Supremo.
O tema aqui explorado por Schnizler é a velhice e suas consequências: a perda do vigor, da beleza física, da atratividade ao sexo oposto. O Casanova de Schnizler não é absolutamente um homem repulsivo. Ele é amante de sua hospedeira em Mântua, é desejado ardentemente por Amalia e, em uma cena, ao mesmo tempo ousada e natural, deflora a filha mais velha de Olivo, Teresina, de treze anos. Mas é a juventude, a mulher jovem que ele quer e que não se encontra mais em condições de conquistar. Em dois momentos ele se olha no espelho e vê que que aquele homem, balofo e flácido, não tem como competir com Lorenzi, no auge de sua beleza e de seu vigor físico. E isso é algo inexorável, insolúvel.
O único ponto da história que não é ficcional é o fato de que Casanova foi sondado para atuar como espião pela república de Veneza. O resto é criação de Schnizler.
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